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Tempo do tempo

por Sofia Loureiro dos Santos, em 31.07.07
A propósito deste post lembrei-me de um livro que li na minha juventude que e chamava Mach 3 - Sinal de Perigo?. Era uma história de investigação, que envolvia uma rapariga muito empenhada em conseguir o amor e a atenção do pai e que, apesar do medo pânico que sentia tinha tentado pilotar aviões a alta velocidade. Como não conseguia, transformou-se em cientista, desenrolando-se a história à volta dos malefícios de Mach 3, descobertos no final, com grande drama e heroísmo. Investiguei o autor, Donald Gordon, mas não consegui nada, pois aparecem-me várias personalidades com estes dois nomes, sem que eu perceba quem era o autor.

Outro livro que devorei e que me impressionou muitíssimo, da mesma colecção (Europa-América juvenil) foi A caminho de Israel, de James Foreman. Era um livro que relatava, se bem me lembro, a fuga de um grupo de judeus de um campo de concentração (?) para Israel, se bem que Israel anda não existia na altura… A memória não é o meu forte, mas ficou-me sempre a impressão de uma dor e de uma luta muito esforçada para alcançar a liberdade.

De outra colecção, de que também não me recordo o nome, li A colina do Dahu, de Janine Bernadet, que falava de um animal inventado por uma criança com uma doença terminal.

As férias grandes eram passadas a ler gulosamente, desde muito cedo, enrolada num sofá. Vivia aventuras fantásticas, vidas cheias, ultrapassava todos os obstáculos, era a cientista à volta dos ratinhos, o judeu a fugir a nado, a criança a passear com o Dahu. Ou Miss Marple, ou Poirot, ou o detective de SS Van Dine, Philo Vance.

Era o nosso tempo sedoso e eterno, cujo sabor ainda respiramos.



(SS Van Dine - Willard Huntington Wright)

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publicado às 22:21


2 comentários

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De Dona Gata a 02.08.2007 às 23:20

Também te agradeço por me teres trazido à memória um tempo adormecido. Relembrá-lo foi quase como revivê-lo. E foi tão bom...
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De quintino a 02.08.2007 às 10:15

Obrigado por, através do seu texto, me ter levado a reviver tempos em que devorei a biblioteca (quase) inteira da Gulbenkian que era a única de cariz público que existia em Espinho.
Hoje, lamentavelmente, acumulo livros na esperança de um dia me dignar vencer a preguiça e voltar a ser um pouco de quem já fui!

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