De Conceição Neves a 25.11.2006 às 01:05
Estou de acordo consigo, Sofia: também acho que ainda não existe igualdade de oportunidades. Sem ir tão longe como Simone de Beauvoir «on ne naît pas femme, on le devient» referindo-se à sociedade e até aos nossos pais, que nos constroem «meninas», penso que ainda falta um longo caminho e que não tem sido fácil para os homens esta transformação da sociedade.
Quando pensamos que Marie Curie não podia votar por ser mulher, mas que os homens analfabetos podiam, por serem homens, que uma Camille Claudel não foi apreciada no seu tempo e até dada como louca enquanto Rodin era endeusado; que Sarah Affonso se apagou (ou quase) para Almada poder brilhar, ficamos contentes porque, de facto, já algumas coisas mudaram: uma evolução lenta e por vezes muito mais teórica do que prática!! Todos os dias sentimos isso.
Quais quotas! Que bom será o dia em que homens e mulheres, deixando de se degladiar, de concorrer, desejarem caminhar lado a lado. Não é isso que verdadeiramente queremos?
Lá estou eu com os meus optimismos (ou será com as minhas utopias?)
Obrigado Sofia, pelos bons momentos de leitura e nos dar ocasião de reflectirmos sobre as coisas.