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Meço o tempo pelas palavras/ cada vez mais curtas/ cada vez mais escassas/ cada vez mais duras/ instalando-se o silêncio/ nesta doce melodia/ do esquecimento.
Crio filhos como quem cria árvores.
Deixo-as varridas pelas intempéries
descobrindo pássaros e revivendo almas
dos que às suas sombras se recolhem.
De vez em quando arrastam braços
e arrancam raízes numa ânsia de movimento.
Nesses dias aparo troncos com sangue e lágrimas
cavo mais fundo a terra para que
do meu corpo se equilibrem de novo.
Aí para sempre me deitarei um dia dormindo
entre o lodo e a eterna revolução de viver.
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