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O reeditar das reformas estruturais

por Sofia Loureiro dos Santos, em 23.07.20

Não aprendemos nada, como comunidade europeia, com o que se passou na crise de 2008. E, mais uma vez, a divisão entre os países que se acham moralmente superiores, que são frugais e sabem gastar bem o dinheiro, impõe-se. Dentro de alguns anos regressarão as sanções para quem não fez aquilo que esses países acham que se deve fazer - cortar na segurança social e reduzir as garantias dos trabalhadores com alterações da legislação.

É sempre o mesmo. A falta de vergonha chegou até à proposta de vetos por parte de países que não concordavam com a forma como se aplicavam os fundos. A falta de vergonha da parte de quem faz dumping fiscal, atraindo as empresas de outros países para fugirem aos impostos.

Não, não aprendemos rigorosamente nada.

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publicado às 14:38

Das ausências

por Sofia Loureiro dos Santos, em 26.05.19

eleicoes europa 2019.png

 

Nestes dias eleitorais sinto mais agudamente a ausência de quem comigo sempre trocava impressões entusiasmadas ou apreensivas sobre a afluência às urnas, as previsões, os resultados.

 

Honro todos os que lutaram para que pudéssemos viver em democracia. Para mim estes dias transformam-se sempre numa festa, mesmo sem bolos, velas ou champanhe. A alegria com que celebramos viver em democracia, viver numa comunidade europeia, tolerante e misturada.

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publicado às 15:36

Já votou?

por Sofia Loureiro dos Santos, em 26.05.19

caixa votacao.jpg

 

Aqui está uma bela oportunidade para se cruzar com pessoas que há muito tempo não via, fazer uma bela tertúlia no café, tentando salvar o mundo, ou aproveitar para dar um passeio a pé, que está um dia lindo!

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publicado às 11:17

Fashion para amanhã

por Sofia Loureiro dos Santos, em 25.05.19

voto.jpg

 

 

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publicado às 21:12

Da auto-indulgência

por Sofia Loureiro dos Santos, em 25.05.19

votar.jpg

 

O desenvolvimento das teorias e noções sociais que vêm o indivíduo como o centro do mundo, na nossa sociedade ocidental, fez aumentar exponencialmente a auto-indulgência. A publicidade alimenta e alimenta-se dos slogans que promovem a satisfação individual e que centram nela a melhoria do mundo. Fazer bem primeiro a si próprio depois ao outro.

 

A realidade é que estamos cada vez mais egocêntricos. O primado da preocupação pelos outros e da entrega aos outros foi substituída, colocando o indivíduo como a sua principal prioridade. Cada vez mais arranjamos justificações para não cumprirmos o que não nos diga estritamente respeito. Não ter tempo e precisar de tempo para si próprio é a mais recorrente. Por muito real que seja a confusão e ruído nas nossas vidas, implicando a necessidade de recolhimento e fuga, não podemos refugiar-nos nesse alheamento no que diz respeito à vida colectiva.

 

Não há razão, justificação ou desculpa para não votar. É um acto de cidadania ao nosso serviço e ao serviço dos outros, é uma escolha que define a nossa sociedade. Está em causa uma ideia de comunidade, de relação entre povos e indivíduos.

 

Para quem ainda não sabe onde votar: enviar um sms para o número 3838 com o seguinte texto:

RE espaço número do CC espaço data de nascimento no formado aaaammdd

Ex: RE 1234567 19820803

ou ir ao portal https://www.recenseamento.mai.gov.pt/

 

Votar é uma obrigação moral.

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publicado às 09:54

A (des)amada Europa

por Sofia Loureiro dos Santos, em 23.05.19

eleicoes europa 2019.png

 

Ninguém se interessa pelas eleições europeias, nem os próprios candidatos ao Parlamento Europeu, pois não falam dela. Não falam da enorme importância destas eleições, onde o perigo da organização de uma ala que se propõe destruir por dentro os ideias europeus é real e assutador.

 

Numa altura em que espreitam os populismos de todas as cores, os justicialismos, a desregulação dos direitos sociais, do trabalho, a escalada da xenofobia e dos racismos, a inacreditável saga arrastada do BREXIT, a crise da Catalunha, tudo nos deveria alertar para a importância da Europa como espaço de democracia, respeito pelas minorias e pelos direitos humanos, tolerância e direitos sociais. Pelo contrário, trocam-se acusações estapafúrdias e sórdidas, de forma a que qualquer pessoa que queira ouvir qualquer coisa sobre a Europa, desliga de imediato.

 

Pode ser que os cidadãos se mobilizem, apesar das campanhas e das tristes figuras a que temos assistido. Espero sinceramente que sim.

 

A Europa ainda é um projecto de paz e tranquilidade. Façamos dela uma realidade e apostemos na democracia. Todos a votar, sempre, com alegra e responsabilidade.

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publicado às 21:13

O Prof. Karamba em Bruxelas

por Sofia Loureiro dos Santos, em 19.01.18

2016defice 1.jpg

 

2017

defice 2.jpg

Não pesquisei antes de 2016, mas nestes 2 últimos anos Bruxelas tem falhado todas as previsões.

 

2018

defice 3.jpg

 

Qual é a novidade, então?

Ninguém se lembra dos falhanços anteriores?

 

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publicado às 22:03

O regresso da extrema direita alemã

por Sofia Loureiro dos Santos, em 25.09.17

merkel.jpg

Angela Merkel

 

 

Custa e preocupa muito apercebermo-nos de que a extrema direita alemã é a terceira força mais votada na Alemanha, regressando ao Parlamento donde estava afastada desde o fim da II Guerra Mundial.

 

Até hoje, e apesar dos diversos avisos, a liderança da Europa não tem ligado aos sinais de descontentamento dos cidadãos, nomeadamente em relação à União Europeia. A prolongada crise, as desigualdades e o voluntarismo dos partidos defensores da presente orientação política, empurrou todos os eurocépticos para a direita, pois não se sentem representados por nenhum partido tradicional. O último discurso de Juncker, com a proposta de um Ministro das Finanças comum, é mais uma fuga em frente na suposta necessidade de integração política, sem haja o cuidado de ter a explícita aprovação dos povos.

 

É claro que esta não é a única razão, mas parece-me uma razão muito importante. Para além disso o desaparecimento das gerações que viveram a II Grande Guerra, o terrorismo, a crise económica e a insegurança sentida dentro do espaço europeu, para além dos fluxos de refugiados, são mais razões para o aumento do racismo e da xenofobia.

 

É urgente o repensar da construção europeia, o respeito pelas democracias e pelas diferenças entre os vários Estados. São precisas novas políticas sociais, de emprego e de promoção da igualdade. Caminhamos a passos largos para um ciclo que acorda todos os nossos medos.

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publicado às 21:08

Do choque de Dijsselbloem

por Sofia Loureiro dos Santos, em 07.04.17

Jeroen Dijsselbloem.jpg

 

 

É natural que Dijsselbloem tenha ficado chocado - não estava à espera da frontalidade e da serenidade de Ricardo Mourinho Félix.

 

Ainda bem que temos gente que assim choca os Dijsselbloems do Eurogrupo, o tal que manda e desmanda na Europa.

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publicado às 21:44

Der Spiegel

por Sofia Loureiro dos Santos, em 04.02.17

Der-Spiegel-America-First.jpg

America first

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publicado às 17:36


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