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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
A Democracia a funcionar. Gostemos ou não, o Povo pronunciou-se de forma inequívoca.
Esperemos que todos estejam à altura das suas responsabilidades.
A chegada de um partido de extrema direita à esfera do poder não é, infelizmente, uma surpresa. Não há maiorias nem à esquerda nem à direita. É possível um governo?
Que os líderes dos partidos democráticos defendam a Democracia. É o principal.
BOLO DE LIMÃO
Como ninguém sabe a volta e a reviravolta destas eleições, o bolo hoje é de limão. Parece-me uma excelente alegoria para gostar e não gostar (do resultado das ditas, não do dito, claro).
Na minha casa não há bolos sem pré-aquecimento do forno. E sempre a 180º, pois não é de mais nem de menos.
Esta receita é uma espécie de adaptação de várias outras que encontrei na internet, fruto de estudo apurado e pensamento estruturado, claro. Como fiquei fã incondicional de bolos feitos no liquidificador, o que é rápido e fácil e não precisa de grandes elaborações culinárias, este também seguirá esse procedimento.
Cortei 2 limões amarelos (sicilianos) em 4, depois de lhes tirar as pontas; limpei-os de caroços e da película branca que os cobre, coloquei-os no copo misturador. Juntei 3 ovos (deveriam ser 4 mas só tinha 3), 300 gr de açúcar (mistura de amarelo com branco, porque o que tinha de amarelo não chegava) e 180 ml de óleo.
Liguei o botão e ficou tudo a liquidificar durante bastante tempo, até estar um líquido espesso e homogéneo. Deitei o líquido para uma taça grande e peneirei – verdade, já cheguei a esse ponto de perfeição – 300 gr de farinha de trigo integral e 1 colher de sobremesa de fermento em pó (peneirar a farinha serve para que não haja grumos no fim). Incorporei a farinha com o fermento no líquido, verti a massa para 2 formas de bolo inglês anti-aderentes (outra inovação que não dispenso) e lá foram para o forno, onde estiveram 30 minutos.
Nada mau. Mas precisa de melhorar – mais 1 ovo, 1 iogurte de baunilha, uma colher de sopa de fermento e todo o açúcar amarelo. Veremos se da próxima vez fica mais saboroso (espero que apenas o bolo.....).
Operários
Pela decência, pela tolerância, pela alegria, pela solidariedade, pela igualdade de oportunidades, pela liberdade, pela inclusão, pelo respeito.
Por uma sociedade mais justa, mais livre, mais democrática, mais igualitária.
Não, não tinha qualquer saudade de ouvir a voz de Pedro Passos Coelho, aquela tão melódica voz de barítono que cantava lalala lalala.
Não tinha nenhuma saudade de ouvir aquelas construções gramaticais e de tom professoral que, do alto do seu clamoroso falhanço de políticas económicas e sociais, de cujas promessas todos nos recordamos, de cujo incumprimento das mesmas também todos nos recordamos e dos anos de chumbo de que ninguém se esquece.
Para além da incapacidade que revelou de cumprir o que prometeu, Pedro Passos Coelho resolveu cavalgar a onda da extrema-direita, talvez pensando que pode chamar o voto do CHEGA para a AD.
Mas quem agita o fantasma do aumento da insegurança associado à emigração, quem avisa o líder do partido que tem que ganhar o poder e tem que fazer as alianças que forem necessárias para o atingir, não merece sequer o líder do seu partido, aquele que agora pressiona para desdizer aquilo que já disse, por inúmeras vezes.
A indecência tem muitas formas, mas é só isso – indecência.
Convém ouvir o chorrilho de lalala lalalas que proferiu.
Não nos esqueçamos do que foi Pedro Passos Coelho, Vítor Gaspar, etc.
Governou durante mais ou menos 1 mês, não sei se demorou mais ou menos que uma alface fresca
Mariana Mortágua - BE
Vamos a Votos - Antena 1 (a partir mais ou menos dos 07:30 minutos)
Não tenho problema de assumir publicamente que a prioridade máxima são os jovens portugueses, os filhos de Portugal
Luís Montenegro - AD
Nota: ASSINE UM JORNAL
Attitude
Que os líderes políticos dos partidos democráticos, que aceitam o regime pluralista, o primado da liberdade, da igualdade e da são convivência entre indivíduos, que defendem a separação entre poderes, declarem, inequivocamente:
Nunca, seja por acção ou por omissão, deixaremos que o partido de extrema-direita CHEGA possa ser a solução para um governo, independentemente de ser apenas com acordos e apoios parlamentares ou integrante do próprio executivo.
Por uma questão de decência.
(…) todas as probabilidades de acontecerem os eventos que se referem são não só elevadas, como se verificarão em conjunto. O paralelo com 1939 tem muitos aspectos que, como todas as comparações de épocas muito diferentes são enganadoras, podem e devem ser pensados. O dilema que opôs Churchill a Chamberlain assentava numa avaliação dos perigos de Hitler para a paz europeia, a soberania das nações e os regimes não ditatoriais, com Churchill opondo-se a políticas de “apaziguamento” que, como se verificou, não travaram Hitler e levaram à guerra de 1939-1945.
(…) Estamos em eleições legislativas, mas os principais candidatos fazem de conta que nada disto é com eles. (…)
O que devia estar a ser discutido, e muito a sério, é que posições têm os partidos face ao significativo agravamento do orçamento da defesa (…) E discutir que posições se vão tomar a cada passo do caminho perigoso dos nossos dias? (…) E vamos discutir o papel que teve o irresponsável fim do Serviço Militar Obrigatório, (…) e que agora devia ser reconsiderado (…)
José Pacheco Pereira - Público (24/02/2024)
Nota: ASSINE UM JORNAL
Tal como vem sendo habitual, nada como os meus vaticínios eleitorais para não se cumprirem.
Eu, que estava convencida de que iria haver uma enorme disputa no primeiro lugar, entre PS e PSD, assisti estupefacta à maioria absoluta do PS, numas eleições que tinham tudo para resultar na penalização de quem governa há 6 anos, com uma gestão dificílima da pandemia desde o início de 2020.
Mas a verdade é que o eleitorado castigou, precisamente, os partidos que, mais uma vez, resolveram fazer parte do problema e não da solução. Inclusivamente, destruíram-na por muitos e longos anos. Ninguém percebeu as razões do BE e da CDU, porque elas são inexistentes.
O que o eleitorado disse foi que queria um governo de esquerda responsável e estável. As sondagens falharam redondamente, mas talvez tenham mobilizado o eleitorado, levando mais gente a votar.
Infelizmente houve um vaticínio em que não me enganei: a ascensão da extrema-direita. Isso e o desaparecimento do CDS, tal como a subida da IL.
Temos agora um governo para 4 anos, com total e completa responsabilidade pela política que implementará. Estamos todos ansiosos pelo recomeçar após pandemia, melhorar e mudar, em tudo o que é imperativo e urgente. Que a confiança depositada em António Costa seja um seguro para que tudo corra bem.
Acho que o merecemos.
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