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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
O fim não tem que ter um sentido. Mas pode haver sentido para um fim.
Em busca do que falta nas nossas vidas ou do que não sabemos. Ou do que sabemos ou do que nos lembramos. A memória é apenas uma ajuda para o esquecimento activo. O que somos ou o que vamos sendo, sem honra nem glória. Aquilo que depuramos dentro do que nos foi tocando aceitando as derrotas manipulando as nossas próprias emoções. Tudo fazemos para sobreviver ao nosso próprio tédio.
Ao chegar perto do fim tentamos encontrar um fim para cada um. Para todas as roturas que encontrámos ou provocámos. Para todos os amores que sofremos realizados ou não. Para todas as derrotas as vergonhas escondidas as pequenas maldades os pequenos orgulhos as pequenas ambições as pequenas invejas as pequenas lealdades as pequenas razões de tudo.
Mas será preciso primeiro fazer essa viagem. Ir desenrolando o que aplicadamente fomos colocando em gavetas labirínticas talvez à espera de não ser preciso escancarar as janelas. Ou nem sequer ter consciência da sua existência.
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