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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
Portugal torna a pagar juros mais altos para se endividar. Esta é uma notícia que aparece nos jornais e que é dita nas televisões. Mas não se explica porquê. O que aconteceu agora, em Portugal ou no mundo, que tenha levado a um aumento de risco de financiar o país? Quais os motivos objectivos que fazem, mais uma vez, fazer tremer as contas em Portugal?
Parece que nada do que o país possa controlar, desde o défice ao endividamento, os PEC, as reduções de despesa, os aumentos de impostos, a consequente recessão com aumento do desemprego, a níveis assustadores e por longos e incontáveis anos, nada acalma os mercados, os especuladores, aqueles que decidem a nossa economia.
Os debates parlamentares continuam os passos de uma dança cansativa e sem ritmo, argumentando com clichés à esquerda e à direita. Vamos assistir à troca de acusações em volta de uma hipotética revisão constitucional e de um hipotético chumbo do orçamento para 2011.
Manuel Alegre deve estar a aperceber-se da estrondosa derrota que o aguarda. Cavaco Silva gere o melhor possível os vários e incómodos silêncios, quebrando-os com a deselegância de confundir política com má educação. Não me lembro de um Setembro tão cheio de desesperança como este.
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