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Da fraqueza

por Sofia Loureiro dos Santos, em 30.01.08
O mais triste da demissão de Correia de Campos é que quem a pediu clama agora que se viram sinais de fraqueza, quem a não queria ficou a saber que há fraqueza.

Tenho o maior respeito por Correia de Campos, que lutou por aquilo em que acredita, a remodelação e modernização do SNS, que prestou um serviço que não lhe reconhecem. Mesmo que em desacordo com algumas das suas medidas, mesmo não gostando dos seus modos desabridos e da sua queda para o disparate dizível, admiro-lhe a coragem e a frontalidade com que sofreu uma das maiores campanhas de assassinato político dos últimos tempos.

Desejo à Dra. Ana Jorge as maiores felicidades. Vai precisar de sorte, muita, assim como nós todos. Mas suspeito que as reformas estão condenadas, na melhor das hipóteses em banho-maria. A ordem deve ser acalmar as hostes.

Sócrates não actuou bem e demonstrou que o bem do país passou para um plano secundário. Agora quer ganhar as eleições.

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publicado às 23:36


11 comentários

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De Quintanilha a 14.02.2008 às 18:49

Correia de Campos estava a prazo. Era inevitável! Pode ser um bom técnico, não duvido que o é, mas habilidade política não tem nenhuma. Era uma questão de tempo!
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De Manuel Leão a 09.02.2008 às 00:15

D. Sofia:

Está a obrigar-me a repetir:

"Não sabe muito bem, não entende o alcance, mas tem tendência a concordar".

Acha que isto faz algum sentido?
Pergunte a alguém, da sua confiança, se faz.

Quando se argumenta com alguém, não se podem cometer deslizes destes. A polémica é muito exigente.

Não tenho certezas absolutas, longe disso. Só um idiota as pode ter.
O que acontece, é que só escrevo quando entendo o alcance ou compreendo o assunto. O que não quer dizer que esteja certo.

Isto é, escrevo com contenção. E escrevo só o necessário e nada mais que o necessário.
Não escrevo só por gostar de “me ler”.

Adiante,

Depois V. Exª acrescentou:

"Por exemplo não entendo o alcance dos seus comentários".

Não seja modesta. Entender, entende. Não gosta é do que eu escrevo. E penso que nem sequer será do estilo. Será mais do conteúdo.

Tenha paciência: eu sou directo. Não “estou aqui” para ser simpático nem lisonjeiro, estou aqui para ser eu! Eu e as minhas ideias.

Vou dizer algo que tenho dito muitas vezes, ao longo da vida:

- Devo muito mais a quem me criticou construtivamente do que a quem me elogiou, mesmo que o tenha merecido.

Não há nada de pessoal, pode crer. O que estão em causa são ideias.

Acredite, se quiser e passe bem.
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De Sofia Loureiro dos Santos a 07.02.2008 às 21:27

O Manuel Leão tem sempre certezas muito absolutas. Eu não as tenho e muitas vezes não entendo nem compreendo o alcance de várias medidas e discursos. Por exemplo não entendo o alcance dos seus comentários.
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De Manuel Leão a 07.02.2008 às 13:33

Sofia Loureiro dos Santos disse, em resposta a Nuno: «Não sei muito bem interpretar a actuação do PR neste caso, mas tenho tendência a concordar consigo, embora não entenda o alcance».

Não sabe muito bem, não entende o alcance, mas tem tendência a concordar.

Parabéns D. Sofia: não se pode ser mais eloquente. É uma verdadeira lição de objectividade!

Muito esclarecedor…
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De Manuel Leão a 06.02.2008 às 23:18

É extraordinário! Afinal ainda há pessoas mais radicais do que Sócrates.

O que estava a acontecer era a destruição do SNS, por muito que fosse invocada a sua salvação.

Prova disso é que estão a aparecer investimentos privados em Hospitais e Maternidades, de onde o SNS se retirou.
E esse investimento não é, de certeza, para perder dinheiro. Afinal, quem investe sabe que a necessidade desses serviços, nessas localidades, é real. E vão voltar a existir. Com uma “pequena” diferença: já não será para todos! Será apenas para quem pode.

Infelizmente, porém, a política vai continuar no mesmo sentido. Isto foi só para parar a contestação. No Largo do Rato já havia gente em pânico.

Mas, mesmo fazendo de conta que não percebem isso (que ingénuos!), há pessoas que ainda têm mais pressa do que Sócrates! E já perceberam que o que interessa é que essa política prossiga a todo o vapor, mesmo que imolando Sócrates. Afinal, eles sabem que sempre arranjarão outro…
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De Sofia Loureiro dos Santos a 04.02.2008 às 17:19

Obrigada pelo seu comentário, Nuno. Seja bem-vindo. Não sei muito bem interpretar a actuação do PR neste caso, mas tenho tendência a concordar consigo, embora não entenda o alcance.
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De Nuno a 04.02.2008 às 10:37

Foi a minha maior desilusão!
Fiquei tão desiludido com a vitória da demagogia e pessimista face ao futuro do SNS q só me apetece é mudar de país!
O comportamento dos media foi especulativo e demagógico, desinformando ao invés de informar.
O acobardamento do PR tb não me passou em claro! Aliás é algo que não deve surpreender. Apesar do mito que o rodeia (não entendo porquê)! Teve 2 maiorias absolutas 85-95 e sempre se acobardou a fazer as reformas necessárias perdendo Portugal a sua oportunidade de ouro! Parece que não aprendeu a lição e insiste em mais do mesmo!
A favor das reformas do SNS e em apoio ao ex-ministro é que as bases partidárias deviam fazer uma petição! Teria mais apoio do q muitos julgam!
Muito bons posts
Parabéns
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De Sofia Loureiro dos Santos a 03.02.2008 às 12:32

É muito interessante ler e ouvir os comentários de quem pedia a cabeça de Correia de Campos. A maioria já diz que as reformas eram boas e inevitáveis e que Sócrates fez mal. Preso por ter cão, preso por não ter. A luta política no seu pior.
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De Abraracourcix a 31.01.2008 às 19:31

Sofia, concordo contigo. Sócrates o implacável morreu. Agora vive Sócrates o obcecado com 2009.
Em relação a Correia de Campos, se tens ido ao meu blog já sabes o que penso dele. Concordo com a essência das reformas, não posso concordar com a forma atabalhoada como estavam a ser implementadas: antes de se reestruturar era preciso certificar-se de que as alternativas estavam implementadas, e não o contrário, porque as pessoas durante pelo menos algum tempo ficam no vazio, e por isso não percebem, não podem perceber nem aceitar.
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De lino a 31.01.2008 às 18:20

Ver Portas, Menezes, Santana, Louçã, Apolónia e Jerónimo abraçados cheira a esturro. Correia de Campos, assim como vários outros ministros, devia fazer o trabalho caladinho. Não tarda uma semana que a nova ministra seja atacada pelo processo que tem em tribunal.

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