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Os Tais

por Sofia Loureiro dos Santos, em 30.07.15

Carlão

 

Um e um são três podiam ser quatro ou cinco

Se não fosse a crise não era preciso um trinco

Fazia-se uma equipa eu era o ponta de lança

Marcava golos em pipa a minha ponta até faz trança

 

Quem diria que iamos chegar aqui

E ter uma vida séria como eu nunca previ

E é tão bom acordar de manhã olhar para ti

Antes de ir bulir naquilo que eu sempre curti

 

Ai há bebé

Somos os tais

Ai há bebé

Que viraram pais

Ai há bebé

Firmes e constantes

Ai há bebé

Produzimos diamantes

 

Ai há bebé

Somos os tais

Ai há bebé

Que viraram pais

Ai há bebé

Firmes e constantes

Ai há bebé

Produzimos diamantes

 

E a nossa filha já vai ter um mano ou mana

Ainda ontem mal abria a pestana

Quero uma ilha catita com uma cabana

Porque amor já tenho a montes o algodão não engana

 

Foi contigo que eu matei tantos demónios

Foi contigo que salvei tantos neurónios

Vejo-nos felizes citadinos ou campónios

Não fiques muito triste por não gostar de matrimónios

 

Tens o anel não precisas do papel

Fazemos nós a festa até te canto o Bo Te Mel

Desta vez eu tiro a carta nem que leve um ano ou dois

Por enquanto continuas conduzes pelos dois

 

Ai há bebé

Somos os tais

Ai há bebé

Que viraram pais

Ai há bebé

Firmes e constantes

Ai há bebé

Produzimos diamantes

 

Ai há bebé

Somos os tais

Ai há bebé

Que viraram pais

Ai há bebé

Firmes e constantes

Ai há bebé

Produzimos diamantes

 

Às vezes não é facil (2x)

Mas bebé, nós damos a volta damos sempre a volta a tudo (4x)

Nós damos a volta

 

Ai há bebé

Somos os tais

Ai há bebé

Que viraram pais

Ai há bebé

Firmes e constantes

Ai há bebé

Produzimos diamantes

 

Ai há bebé

Somos os tais

Ai há bebé

Que viraram pais

Ai há bebé

Firmes e constantes

Ai há bebé

Produzimos diamantes

 

Ai há bebé (7x)

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publicado às 22:45

La Belgique Gourmande

por Sofia Loureiro dos Santos, em 19.07.15

Várias foram as iguarias que me sugeriram não perder, na terra dos belgas. E ninguém como eu, que não posso dar largas à minha gula, para não perder nenhuma delas.

 

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Por isso, depois da madrugada inicial destas miniférias, o avião aterrou numa Bruxelas de tempo fresco, com céu nublado. Enquanto não chegava a hora para entrar no Hotel, a cidade abriu-se à nossa curiosidade. A pé deambulámos pelas ruas, com algumas das características da calçada portuguesa na irregularidade do piso. As fachadas dos prédios têm janelas altas e esquadrias, de tijolos pequenos avermelhados ou acastanhados, telhados pontiagudos - Bruxelas combina os traços austeros com a bonomia da burguesia média.

 

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Desembocámos na Grand-Place, lindíssima praça com edifícios bordados a ouro que brilham mesmo com a luz baça que pinta as muitas esplanadas separadas por canteiros de flores. Respirava-se bem estar. Dependendo das horas e da altura do dia, há grupos sentados no chão a conversar, vendedores de aguarelas, turistas a descansar.

 

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Aproveitámos para conhecer o Musée Oldmasters Museum (Musée Royaux des Beaus-Arts de Belgique) onde tive a oportunidade de ver obras de Hieronymus Bosch e de Pieter Bruegel o Velho, dois dos mais extraordinários pintores dos séculos XV e XVI. Junto ao museu, Bruxelas espraiava-se no horizonte, cinzenta e ocre, uma verdadeira calmaria para quem precisava dela.

 

mortsubite.jpg

 

Nada como um almoço numa das esplanadas de Bruxelas, em que a tarte tatin chaude foi uma glória, e a visita nocturna ao icónico A La Mort Subite, lindíssimo café - brasserie do início do século XX que deve o seu nome a um jogo de cartas, onde se bebe uma maravilhosa cerveja mort subite framboise, para começar a degustação da Bélgica Gourmande. Os chocolates e as moules ficaram para depois. No entretanto palmilhámos Les Galeries Royales Saint-Hubert, ruas cobertas que se entroncam umas nas outras com numerosos espaços comerciais - chocolatarias, joalharias, livrarias, lojas de bordados, um museu de cartas e manuscritos, um Teatro de Vaudeville e um Cinema Royal, entre outros.

 

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publicado às 16:29

Começo pelo fim

por Sofia Loureiro dos Santos, em 17.07.15

Começo pelo fim: aeroporto de Lisboa finalmente; caminhada de quilómetros à uma da manhã sem se perceber porquê; a sorte da cuspidela imediata das malas pela barriga da aeronave (como lhe chamava um passageiro); a chegada a casa depois de uma espera de 2 horas pela descolagem, dentro do avião, num lugar absolutamente claustrofóbico que quase não permitia uma respiração mais profunda.

 

Último dia em Bruxelas. Pagar a quantia de 18,00 € (!!!) pelas taxas e taxinhas da cidade. O final deste interlúdio com o que poderia ser uma alegoria à Europa, na cidade das Instituições Europeias – a Mini Europa, uma espécie de Portugal dos Pequeninos sobre a União Europeia, com aquilo que distingue as diversas culturas e economias, arquitecturas, Histórias e símbolos, sem se esquecerem os hinos nacionais.

 

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 Somos todos gregos

 

É quase comovente visitar aquele parque de diversões para crianças e adultos, e ler o que foram os princípios e os valores fundadores da união dos povos da Europa. Tudo o que os deveria unir em complementação e respeito pelas diferenças, a democracia, a liberdade, o respeito pelos direitos do Homem, o estado social e o desenvolvimento sustentado. Depois do que se passou nas últimas semanas com a Grécia, com a derrota estrondosa de Tsipras (para mim uma surpresa) e de todos os que ainda acreditam naquilo que era o projecto europeu, o melhor é não esperar muito para visitar esta (Mini) Europa pois parece-me que não faltará muito para que pertença ao passado.

 

IMG_20150716_140247.jpg

 

Também o Atomium, uma gigantesca estrutura que ficou da Exposição Universal de Bruxelas (1958) é lindíssimo, a lembrar a Torre Eiffel, também resultado da Exposição Universal de Paris (1889). Fico sempre maravilhada pela grandeza de quem imagina e de quem constrói estes monumentos que se transformam em símbolos de cidades, de culturas, de Nações.

 

blog 2.png

 

Durante o voo de regresso descobri a enorme mancha iluminada vista dos céus que representa o aglomerado humano de Paris com a referida torre Eiffel, perfeitamente identificável mesmo a cerca de 9000 metros de altitude. Literalmente, a cidade da(s) luz(es).

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publicado às 18:45

Le plat pays

por Sofia Loureiro dos Santos, em 11.07.15

la_tour_de_bruxelles.jpg

 La Tour de Bruxelles

 

Jacques Brel

 

Avec la mer du Nord pour dernier terrain vague

Et des vagues de dunes pour arrêter les vagues

Et de vagues rochers que les marées dépassent

Et qui ont à jamais le cœur à marée basse

Avec infiniment de brumes à venir

Avec le vent de l'est écoutez-le tenir

Le plat pays qui est le mien

 

Avec des cathédrales pour uniques montagnes

Et de noirs clochers comme mâts de cocagne

Où des diables en pierre décrochent les nuages

Avec le fil des jours pour unique voyage

Et des chemins de pluie pour unique bonsoir

Avec le vent d'ouest écoutez-le vouloir

Le plat pays qui est le mien

 

Avec un ciel si bas qu'un canal s'est perdu

Avec un ciel si bas qu'il fait l'humilité

Avec un ciel si gris qu'un canal s'est pendu

Avec un ciel si gris qu'il faut lui pardonner

Avec le vent du nord qui vient s'écarteler

Avec le vent du nord écoutez-le craquer

Le plat pays qui est le mien

 

Avec de l'Italie qui descendrait l'Escaut

Avec Frida la Blonde quand elle devient Margot

Quand les fils de novembre nous reviennent en mai

Quand la plaine est fumante et tremble sous juillet

Quand le vent est au rire quand le vent est au blé

Quand le vent est au sud écoutez-le chanter

Le plat pays qui est le mien

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publicado às 15:44

Mercedes Benz

por Sofia Loureiro dos Santos, em 10.07.15

 Janis Joplin

 

(...) I could see Janis in the booth. She beat off time by stomping her feet on the floor with her sandals. The bracelets jangling on her arm and the stomping of her feet provided the rhythmic sound you hear on the record. Her eyes were open as she sang, but they seemed closed, as if she were far away. When the song was done, she said, “That’s it,” followed by her famous cackle. She always surprised herself. (...)

 

The Wall Street Journal via Observador

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publicado às 22:31

Da mágoa

por Sofia Loureiro dos Santos, em 10.07.15

Bruyckere_IntoOneAnother (1).jpg

Into One-Another III To P.P.P. - 2010

Berlinde De Bruyckere

 

1.

Não reconheço a leveza que encontrei

na insustentável capacidade de amar

mágoa urdida fel de abelha laboriosa

aprisionada no mel que fabrica

compromissos em colmeias de amor e dever

malha apertada com fios doces invisíveis.

 

O deserto à minha volta povoado

das obrigações que me ofereço

exaustão de uma vida que passa e se gasta

e me gasta.

E fico.

 

2.

A vida na cidade das sete colinas

em íngreme decida. O declínio

dos sentidos nas estrias e flacidez

da alma. Mais atroz

que o veneno lento

do desamor

da solidão.

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publicado às 15:03

São os astros que se alinham

por Sofia Loureiro dos Santos, em 10.07.15

planetas.jpg

 

Há fenómenos naturais que são surpreendentes e os astros aí estão para nos deslumbrar.

 

Por vezes os planetas alinham-se com o Sol, há eclipses lunares e solares, enfim, cometas passam ao largo e são avistados. A nossa Justiça tem conseguido superar todas essas maravilhas e, naturalmente, no meio da gigantesca Operação Marquês, que envolve meios nacionais e internacionais, consegue a proeza de coincidir nas descobertas e, principalmente, nas detenções, precisamente quando há alguns sinais políticos favoráveis ao PS.

 

É Deus está que com a maioria.

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publicado às 11:17

Da pluralidade opinativa

por Sofia Loureiro dos Santos, em 10.07.15

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Após a entrevista a António Costa, num modelo em que se deu oportunidade a algumas pessoas de fazerem perguntas directas (confesso que não gostei e não me parece que tenha acrescentado qualquer interesse), houve o habitual esclarecimento ao povo, protagonizado por um painel de comentadores muito diversificado.

 

António Costa, Constança Cunha e Sá e Henrique Monteiro afadigaram-se a destruir e a caricaturar tudo o que António Costa disse - como não citou números deveria ter citado, como não prometeu nada, deveria ter prometido muito, como foi realista e cauteloso, deveria ter sido mais sonhador e voluntarioso.

 

Assim vai o estado da pluralidade informativa e opinativa.

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publicado às 10:57

Oposição e propaganda - o Estado da Nação

por Sofia Loureiro dos Santos, em 09.07.15

sondagem intercampus.png

 8 de Julho de 2015

 

Ouvi as intervenções de vários deputados do PS no debate do Estado da Nação, através da TSF. Ainda bem, pois se apenas tivesse ouvido as notícias da televisão, teria ficado com a impressão de que o único tópico havia sido a Grécia.

 

Percebe-se que a maioria e a comunicação social totalmente governamentalizada não gostem de divulgar aquilo que o PS disse e escolham cirurgicamente as intervenções que passam. É escandalosa a manipulação informativa, aliás como o que aconteceu nos programas de comentários sobre o resultado do referendo grego, do passado Domingo.

 

Excelentes as intervenções de João Galamba, de Eduardo Ferro Rodrigues, de Ana Catarina Mendes e de Pedro Delgado Alves, sem desprimor para as de outros. O que precisamos é que esta prestação no Parlamento passe para a opinião púbica e que os cidadãos a ouçam.

 

Também a forma como se apresentou, na RTP, a última sondagem sobre as próximas eleições legislativas é exemplificativa da total instrumentalização dos media por esta direita que exerce o poder. É preciso perseverança, trabalho e clareza de ideias. É preciso coragem e desassombro, convicções e militância.

rtp.jpg

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publicado às 17:16

Acordai

por Sofia Loureiro dos Santos, em 08.07.15

Fernando Lopes Graça & José Gomes Ferreira

 

Acordai

acordai

homens que dormis

a embalar a dor

dos silêncios vis

vinde no clamor

das almas viris

arrancar a flor

que dorme na raíz

 

Acordai

acordai

raios e tufões

que dormis no ar

e nas multidões

vinde incendiar

de astros e canções

as pedras do mar

o mundo e os corações

 

Acordai

acendei

de almas e de sóis

este mar sem cais

nem luz de faróis

e acordai depois

das lutas finais

os nossos heróis

que dormem nos covais

Acordai!

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publicado às 21:49

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