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Alongar

por Sofia Loureiro dos Santos, em 30.05.13

 

 

Tejo 

 

 

1.

Inclinada a cidade esvai-se

sangra pelas ruas em pedras rolantes

e passos cansados exausta

de mundo de inverno de pó.

 

2.

Ficamos sentados à beira do tempo

desistentes da vida assistimos

ao dobrar dos troncos

ao vergar das nuvens.

 

3.

Desenhei num mapa que só tu entendes

os cruzamentos em que alongamos

imensas e surdas despedidas.

 

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publicado às 21:23

À Presidência (3)

por Sofia Loureiro dos Santos, em 20.05.13

 

 Maria de Lurdes Rodrigues

 

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publicado às 20:04

As vozes dos outros (3)

por Sofia Loureiro dos Santos, em 19.05.13

(..) Para mim o poeta é alguém que está «em contacto». Alguém através de quem passa uma corrente. Mas, definitivamente, a poesia e a prosa têm enormes semelhanças. A prosa está cheia de ritmos subjacentes, que descobrimos muito rapidamente quando estamos atentos. Só que a poesia, e é aqui que acho que o poeta moderno se engana, assenta em efeitos de repetição, que são capazes de ter um papel encantatório, ou, pelo menos, de se impôr ao subconsciente. Uma poesia sem ritmos imediatamente perceptíveis não estabelece o contacto necessário com o leitor (...)

 

De Olhos Abertos - Marguerite Yourcenar - Conversas com Matthieu Galley

Relógio D'Água Editores, Junho de 2011

 

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publicado às 18:51

Vozes

por Sofia Loureiro dos Santos, em 18.05.13

 

Wendy Dunder

 

Sabia que a olhavam de lado, como a uma louca. Sabia que era louca, mas apenas por ser racional.

 

Começou a falar consigo desde muito cedo. O silêncio da casa, o enorme espaço vazio à sua volta, a todas as horas do dia, em todos os gestos que ecoavam a solidão. Parecia que as vozes dentro de si rebentavam, enchiam o mundo, entonteciam. Não conseguia distinguir os pensamentos dos sons exteriores a si, do mundo.

 

Falar consigo materializava alguém que lhe era intrínseco e que, no entanto, não conhecia. Não precisava de ter um interlocutor, não precisava que se sentasse ao seu lado, que anuísse ou discordasse, que lhe lesse passagens de um livro, que lhe apreciasse a comida, que necessitasse de companhia.

 

Falar consigo dava-lhe conforto e segurança. Era como uma cadeira que esperava pelo seu descanso.

 

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publicado às 17:15

Concerto para bandolim em dó maior (RV 425)

por Sofia Loureiro dos Santos, em 18.05.13

 

Il Giardino Armonico
 

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publicado às 15:44

Cortinas de fumo

por Sofia Loureiro dos Santos, em 18.05.13

 

São várias as notícias plantadas nos jornais. Umas para lançar o pânico, de forma a que a população aceite o menor dos males. Outras para acertar contas, não se sabe exactamente de quem. A Europa é um imenso parque de diversões. Infelizmente, a maioria das pessoas só tem direito a assistir.

 

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publicado às 15:33

Das circunvoluções da memória

por Sofia Loureiro dos Santos, em 17.05.13

 

 

Depois de ouvir Lobo Xavier dizer que o PSD e o CDS precipitaram e queriam o resgate do país, na última Quadratura do Círculo, aliás secundado por Pacheco Pereira, pergunto-me até onde irá a capacidade de reescrever a sua própria história que certas pessoas têm. Eu também concordo, que se não tivesse havido resgate, se o programa de Sócrates e Teixeira dos Santos tivesse sido aprovado na Assembleia da República, se não tivesse havido a campanha e assalto ao poder, pela manipulação dos intervenientes que, agora, descobriram os malefícios da intervenção externa e a europeização da crise, talvez o país estivesse melhor. Foi o que Rajoy fez.

 

Há uma cronologia do resgate, publicado pelo Público, e um arquivo do resgate que vale a pena consultar. Para que seja preservada a memória colectiva.

 

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publicado às 12:46

Ultrapassagem de limites

por Sofia Loureiro dos Santos, em 16.05.13

 

Estamos entregues a inqualificáveis e infelizmente, também inimputáveis. A Constituição passou a ser uma lei datada e que não deve ser do conhecimento de todos. O Presidente da República comenta as opiniões de sua esposa em relação aos milagres de Fátima. Os limites de dignidade são fronteiras que todos os dias se ultrapassam.

 

É tudo tão triste, tão menor, tão mesquinho.

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publicado às 19:03

Desvergonha

por Sofia Loureiro dos Santos, em 12.05.13

 

Paulo Portas abriu a fronteira. De facto, nem sei porque tive dúvidas. A vergonha não é uma das características do governo e dos partidos que o sustentam.

 

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publicado às 21:10

Por um fio?

por Sofia Loureiro dos Santos, em 12.05.13

 

esperança!

 

(via Jugular)

 

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publicado às 17:26

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