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Agitação

por Sofia Loureiro dos Santos, em 29.12.07
Continua a manipulação política e jornalística em volta dos encerramentos dos Serviços de Atendimento Permanentes (SAPs).

Às notícias que dão conta das contas que os doentes terão que pagar aos bombeiros voluntários para ir à urgência mais próxima, não há ninguém que pergunte se os valores não serão idênticos aos que eram pagos quando os doentes que verdadeiramente necessitavam de cuidados de urgência tinham que ser enviados para o hospital. E também ninguém pergunta quantos doentes verdadeiramente urgentes eram atendidos nos SAPs e quantas situações verdadeiramente urgentes eram tratadas nos SAPs.

Porque essa é a verdadeira questão. Se as populações com os SAPs abertos toda a noite, com um médico e/ou um enfermeiro num local sem capacidade para resolver problemas urgentes de saúde estavam mais bem atendidos ou teriam melhor qualidade e maior brevidade no atendimento.

Se os milhões de euros que se poupam servem para financiar a abertura de Unidades de Saúde Familiares, investindo no aumento da capacidade de atendimento das pessoas doentes, sem que elas necessitem de recorrer a um serviço de urgência, investindo em ambulâncias com suporte básico de vida, bem apetrechadas, rápidas e com pessoal formado, é o que se pede a um ministro e a um governo responsáveis.

Esta reorganização estava agendada e decidida, apoiada por relatórios que, de início, foi incontestada tecnicamente e que, agora, é contestada de uma forma demagógica e populista.

Chega-se ao ponto de se dizer que Arlindo Carvalho teria afirmado que reabriria as urgências que estão a ser encerradas quando, EU OUVI, ele apenas disse generalidades sobre reaberturas dos processos e reavaliações sobre o que se estava a fazer, não se comprometendo nunca a alterar fosse o que fosse.

Em Portugal é preciso é agitar as massas com generalidades gritantes e que movimentem muitos braços, muitas línguas e muitos corações, que alimentem ares indignados, espantados e circunspectos. A realidade é outra coisa muito mais desinteressante.

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publicado às 12:23



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