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Bolo de limão........

........reloaded

por Sofia Loureiro dos Santos, em 17.03.24

bolo de limao.jpg

O meu regresso, cauteloso, vagaroso e aventuroso às lides culinárias, tem tido alguns sobressaltos. E da parte que menos se espera, como por exemplo dos utensílios.

Hoje de manhã, enquanto esperava pela entrega do supermercado, decidi repetir a receita de bolo de limão, com algumas modificações, nomeadamente um truque que me foi ensinado por alguém que, no trabalho, alia eficiência a atenção e simpatia.

Então qual é o truque? Para que o bolo não fique amargo, por causa da parte branca da casca, deve colocar-se os limões em água até ferver, apagar o lume e deixar arrefecer. Ou seja, cozer os limões. De seguida, cortam-se os pólos, dividem-se em 4, retiram-se os caroços e a parte central de pele branca.

De resto a receita foi mais ou menos a mesma: 2 limões sicilianos, 180 ml de óleo, 4 ovos, 280 gr de farinha de trigo integral, 300 gr de açúcar amarelo e uma colher de sobremesa bem cheia de fermento.

A preparação é idêntica: tudo para dentro do copo misturador, com excepção da farinha e do fermento. Depois mistura-se a papa resultante com a farinha e o fermento peneirados e põe-se a cozer, em forno pré-aquecido (180º), por 30 minutos.

O problema foi mesmo o forno. Liguei-o para o pré-aquecimento e, durante aí uns 4 minutos, ele trabalhou como de costume. Subitamente ouviu-se um estalo e a electricidade foi abaixo. Por momentos achei que tinha sido um problema geral, pois tem acontecido com alguma frequência.

Mas depois de se restaurar o quadro, de novo tentei ligar o forno e ouviu-se o mesmo estalo, com o mesmo resultado. Resumindo - tinha massa mas não tinha forno. Recorri, por isso, à ajuda materna, literalmente, indo a casa da dita com as formas cheias para cozerem no forno dela.

Pois o truque resultou e o bolo ficou bastante melhor que a tentativa anterior.

Não sei se este é o director's cut, mas é, pelo menos, o reloaded.

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publicado às 17:58

Au Revoir Les Enfants

Adeus Rapazes

por Sofia Loureiro dos Santos, em 17.03.24

A propósito do livro Village of Secrets que aqui referi, vi anteontem um filme - Au Revoir Les Enfants, de Louis Malle, que apenas conhecia de nome. É um filme de 1987 que recebeu, em 1988, 7 prémios César: melhor filme, melhor realização, melhor cenário original ou adaptado, melhor fotografia, melhor decoração, melhor som e melhor montagem.

O filme é baseado numa história verídica vivida pelo próprio Louis Malle. De uma simplicidade espantosa, sóbrio, silencioso, comovente, mostra mais um exemplo de como as comunidades religiosas, desta vez uma cristã, contribuíram para esconder e salvar crianças e adultos judeus, na França ocupada e colaboracionista.

O mais interessante do filme é o facto de não haver bons nem maus. Todos os personagens têm cambiantes e, por isso mesmo, faz-nos pensar na nossa própria ética, nos nossos próprios valores e de como estes podem ser postos à prova e serem, por nós, esquecidos.

Todos somos humanos, mas há heróis de todos os dias, que não precisam de caixas de ressonância nem de espelhos de aumentar. Porque são, eles mesmos, uma versão melhorada das nossas inquietudes e preocupações.

Num dia de trabalho intenso, como todos, em que as actividades domésticas na minha ausência também foram exuberantes, um jantarzinho a dois, numa bela cervejaria, seguida de uma noite de cinema.

A felicidade das pequenas coisas.

À la Clair Fontaine

Schubert

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publicado às 15:50

O Povo é soberano

por Sofia Loureiro dos Santos, em 10.03.24

projecoes 2024.jpg

A Democracia a funcionar. Gostemos ou não, o Povo pronunciou-se de forma inequívoca.

Esperemos que todos estejam à altura das suas responsabilidades.

A chegada de um partido de extrema direita à esfera do poder não é, infelizmente, uma surpresa. Não há maiorias nem à esquerda nem à direita. É possível um governo?

Que os líderes dos partidos democráticos defendam a Democracia. É o principal.

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publicado às 20:48

Hoje o bolo tem de ser de......

.......limão, claro

por Sofia Loureiro dos Santos, em 10.03.24

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BOLO DE LIMÃO

Como ninguém sabe a volta e a reviravolta destas eleições, o bolo hoje é de limão. Parece-me uma excelente alegoria para gostar e não gostar (do resultado das ditas, não do dito, claro).

Na minha casa não há bolos sem pré-aquecimento do forno. E sempre a 180º, pois não é de mais nem de menos.

Esta receita é uma espécie de adaptação de várias outras que encontrei na internet, fruto de estudo apurado e pensamento estruturado, claro. Como fiquei fã incondicional de bolos feitos no liquidificador, o que é rápido e fácil e não precisa de grandes elaborações culinárias, este também seguirá esse procedimento.

Cortei 2 limões amarelos (sicilianos) em 4, depois de lhes tirar as pontas; limpei-os de caroços e da película branca que os cobre, coloquei-os no copo misturador. Juntei 3 ovos (deveriam ser 4 mas só tinha 3), 300 gr de açúcar (mistura de amarelo com branco, porque o que tinha de amarelo não chegava) e 180 ml de óleo.

Liguei o botão e ficou tudo a liquidificar durante bastante tempo, até estar um líquido espesso e homogéneo. Deitei o líquido para uma taça grande e peneirei – verdade, já cheguei a esse ponto de perfeição – 300 gr de farinha de trigo integral e 1 colher de sobremesa de fermento em pó (peneirar a farinha serve para que não haja grumos no fim). Incorporei a farinha com o fermento no líquido, verti a massa para 2 formas de bolo inglês anti-aderentes (outra inovação que não dispenso) e lá foram para o forno, onde estiveram 30 minutos.

Nada mau. Mas precisa de melhorar – mais 1 ovo, 1 iogurte de baunilha, uma colher de sopa de fermento e todo o açúcar amarelo. Veremos se da próxima vez fica mais saboroso (espero que apenas o bolo.....).

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publicado às 18:11

Votar! (2)

por Sofia Loureiro dos Santos, em 10.03.24

operariostarsila.jpg

Operários

Tarsila do Amaral

Pela decência, pela tolerância, pela alegria, pela solidariedade, pela igualdade de oportunidades, pela liberdade, pela inclusão, pelo respeito.

Por uma sociedade mais justa, mais livre, mais democrática, mais igualitária.

Votar!

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publicado às 17:41

Votar! (1)

por Sofia Loureiro dos Santos, em 10.03.24

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eleições 2024

 

Ainda há tempo.

O voto é a arma democrática mais poderosa.

Onde votar.

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publicado às 17:23

Cliché, mais sedentário que ambulante

por Sofia Loureiro dos Santos, em 02.03.24

girl with grandmother.webp

Girl with Grandmother

Oksana Fedorova

 

A realidade torna-nos em gente muito mais comum do que nos pensamos, até mesmo em clichés ambulantes. Também me está a acontecer a mim.

Acordada à hora costumeira, seja semana ou fim dela, o meu primeiro pensamento foi para aquela coisinha minúscula e fofa que me virá visitar mais tarde, aquela pequenina bolinha de ternura que faz agora parte de mim.

Essa ideia veio acompanhada do planeamento do lanche para quem a vier ver, com bolo à mistura, chá, etc. tudo aquilo a que as avós têm direito de fazer para que tias e bisavós tenham o direito de comer.

Há uma semana reiniciei as aventuras culinárias com bolo de laranja, daqueles que usam a laranja toda. O forno portou-se bem e o bolo ficou bastante bom.

Hoje será de banana, porque há umas que estão a amadurecer perigosamente na cesta e precisam de uma atenção redobrada.

No entanto, os pormenores das tabelas de conversão de pesos e medidas, são um quebra-cabeças – chávenas, xícaras, copos e colheres, de todos os tamanhos e feitios, para sólidos e líquidos, são medidas muito pouco científicas. Gosto de gramas, quilos, litros e mililitros. Mas nada me demove, nem a proibição médica de pegar em pesos com o braço a consolidar. Paciência, terei de ser imaginativa.

Entre as dentadas e a degustação que se antecipam, os carinhos e os beijos naquela maravilhosa pequenina, haverá lugar a acaloradas discussões político-filosóficas, a propósito do andamento do país e do mundo, que não conseguimos salvar.

Há lá melhor forma de passar uma tarde de sábado?

BOLO DE BANANA

banana.jpg

Liguei o forno a 180 graus; no copo misturador, coloquei 3 bananas aos bocadinhos, 180 ml de óleo, 80 ml de leite, 3 ovos e 300 gr de açúcar amarelo. Previamente tinha moído 300 gr de flocos de aveia (não tinha farinha) e misturei 1 colher de sobremesa de bicarbonato de sódio (não tinha fermento).

Logo que a mistura ficou bem homogénea, fui juntando a farinha de aveia com uma colher de pau. Depois de tudo bem ligado, enchi 2 formas anti-aderentes de bolo inglês e coloquei no forno, por 30 minutos (como o forno é eléctrico, deixei-o lá dentro até esfriar, para acabar de cozer).

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publicado às 11:52

O regresso de Pedro Passos Coelho

ou a legitimação da indecência

por Sofia Loureiro dos Santos, em 01.03.24

pedro passos coelho.jpg

Jornal de Negócios

Não, não tinha qualquer saudade de ouvir a voz de Pedro Passos Coelho, aquela tão melódica voz de barítono que cantava lalala lalala.

Não tinha nenhuma saudade de ouvir aquelas construções gramaticais e de tom professoral que, do alto do seu clamoroso falhanço de políticas económicas e sociais, de cujas promessas todos nos recordamos, de cujo incumprimento das mesmas também todos nos recordamos e dos anos de chumbo de que ninguém se esquece.

Para além da incapacidade que revelou de cumprir o que prometeu, Pedro Passos Coelho resolveu cavalgar a onda da extrema-direita, talvez pensando que pode chamar o voto do CHEGA para a AD.

Mas quem agita o fantasma do aumento da insegurança associado à emigração, quem avisa o líder do partido que tem que ganhar o poder e tem que fazer as alianças que forem necessárias para o atingir, não merece sequer o líder do seu partido, aquele que agora pressiona para desdizer aquilo que já disse, por inúmeras vezes.

A indecência tem muitas formas, mas é só isso – indecência.

Convém ouvir o chorrilho de lalala lalalas que proferiu.

Não nos esqueçamos do que foi Pedro Passos Coelho, Vítor Gaspar, etc.

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publicado às 16:25

A frescura das alfaces

Mais ou menos no mercado

por Sofia Loureiro dos Santos, em 26.02.24

Governou durante mais ou menos 1 mês, não sei se demorou mais ou menos que uma alface fresca

Mariana Mortágua - BE

Vamos a Votos - Antena 1 (a partir mais ou menos dos 07:30 minutos)

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publicado às 22:05

Bafio

Mofo, ranço, bolor

por Sofia Loureiro dos Santos, em 26.02.24

Não tenho problema de assumir publicamente que a prioridade máxima são os jovens portugueses, os filhos de Portugal

Luís Montenegro - AD

Expresso - 24/02/2024

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publicado às 21:46


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